sábado, 22 de abril de 2017

Museu do Dinheiro (Lisboa)


Acabei de visitar o Museu do Dinheiro, na Baixa Pombalina. Após um minucioso controle electrónico, a entrada foi feita pelo imponente hall da antiga Igreja de São Julião, e iniciou-se de seguida uma viagem pela máquina do tempo…

Nove salas temáticas do Museu, propriedade do Banco de Portugal, com muita interacção multimédia, dão-nos a conhecer a origem do dinheiro, quem o fabrica e a relação que se foi estabelecendo ao longo dos tempos entre o Homem e o dinheiro. A lógica subjacente a este museu temático é: ver, tocar, experimentar e partilhar.


A visita guiada começa com o convite a tocar numa barra de ouro de mais de doze quilos e meio, que valerá, dependendo da cotação, meio milhão de euros, a manusear uma moeda virtual, a viajar num mapa, a trocar bens por dinheiro com um computador que simboliza o deus grego Hermes (deus do comércio e das trocas), a posar para que a nossa cara apareça numa nota, a utilizar o simulador de um poço de desejos e a deixar um depoimento sobre a relação que se tem com o dinheiro. Importante, foi também conhecer alguns dos objectos que eram usados antigamente nos bancos assim como máquinas, chapas de impressão, esboços e desenhos que estão na origem das moedas e notas.

Na cripta da antiga igreja foi-nos dado a conhecer um troço da Muralha de D. Dinis, classificada como Monumento Nacional (descoberta nas escavações arqueológicas realizadas em 2010), uma construção medieval que nos levou numa viagem, percorrendo mais de 1000 anos da história de Lisboa.


Também tivemos a oportunidade de apreciar uma exposição alusiva aos 500 anos do nascimento (1517-2017) do pintor, desenhador, arquitecto, ensaísta, idealista, Francisco D’Holanda, um homem ímpar na história da cultura portuguesa. Esta exposição propõe um olhar de síntese sobre a vida e a obra deste artista de relevo na cena renascentista nacional e internacional.

Dada a quantidade de informação que nos é fornecida, se desejarmos relembrar e partilhar nas redes sociais com os amigos esta incursão pela história do dinheiro, podemos chegar a casa e, com o bilhete de entrada no museu, recriar o percurso e tudo o que se fez no computador, ou seja, acabamos por terminar a visita na nossa própria casa. Enfim, uma excelente viagem pela nossa história…

Sem comentários: